É sabido que muitos relacionamentos se constroem em bases perversas, onde um é manipulador e o outro se submete as normas desta relação estabelecida pelo parceiro.
É quando acontece o sofrimento de um dos membros, enquanto o outro tende a convencer que sabe o que está fazendo e que tudo é feito em prol do bem-estar do casal.
Existem várias nuances de manipulação, que podem ir de um controle leve até um controle severo e agressivo.
Trata-se de uma situação de domínio que o dominado não consegue se impor e, muitas vezes, chega ao extremo de ser agredido fisicamente ou a ser obrigado a fazer o que não quer, por exemplo, ter relações sexuais forçadamente.
O indivíduo que é subjugado, muitas vezes, não tem força e coragem para reagir por medo de uma represália. Acaba ficando congelado e, constantemente, vezes acredita que ceder e colocar “panos quentes” sejam as melhores alternativas.
São problemáticas severas na dinâmica de um casal. É importante considerar que houve algo que facilitou essas escolhas entre ambos. As experiências afetivas vividas na infância dizem muito sobre o entendimento que cada um tem de escolhas afetivas futuras.
As pessoas se compõem de maneira disfuncional, porém, acreditando que esta seja a forma adequada, até por muitas vezes por desconhecer outra.
No caso da perversão, teremos uma pessoa que nas primeiras experiências de vida foi submetida a esta condição por quem deveria lhe dar afeto e segurança e acabou por entender esta como uma forma única de amor.
O perverso, por sua vez, acredita que o mundo está a seus pés pela vivência do tudo pode, sempre. Pais permissivos demais, uma criança que se recusou ao interdito com a concordância dos pais, dentre outros fatores que não cabem aqui, mas talvez o excesso seja um grande colaborador neste sentido.
É importante saber que este ciclo pode ser rompido. Na maioria das vezes, é preciso de ajuda externa, parentes, amigos, denúncias de maus tratos muitas vezes e por fim acompanhamento de profissional especializado.
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