Após uma relação sexual satisfatória repleta de preliminares e carinhos, é bem comum o homem cochilar: este fato tem uma explicação que vai além da fantasia de algumas mulheres de que o parceiro a está desprezando. Este sono se deve à prolactina, hormônio responsável por reduzir os níveis de testosterona no organismo. O referido hormônio é capaz de inibir o desejo sexual e desencadear a sonolência fazendo com que ele durma.
Por ocasião do orgasmo há um aumento de prolactina que atua no organismo ainda na fase de relaxamento e continua assim até uma hora depois da ejaculação. Por isso os homens, após o orgasmo, além do relaxamento causado pelo prazer, também sentem sono.
Mas a prolactina é o final desse processo: tudo se inicia pela testosterona na fase do desejo, ocorrendo, depois o aumento da adrenalina e noradrenalina (responsáveis pelas sensações de humor, ansiedade, sono e alimentação) e da ocitocina conhecido também como o hormônio do amor; isto ocorre na fase da excitação descrita no ciclo de resposta sexual.
A passagem da fase do orgasmo para a fase da resolução é muito rápida para o homem. Podemos exemplificar como o despencar de um carro sem freio do topo de uma colina rumo ao relaxamento sendo que, para a mulher, essa passagem ocorre de forma mais lenta. Tal necessidade de dar uma cochilada pode acontecer quantas vezes forem os orgasmos naquele período. Assim, cabe a parceira entender o que esta ocorrendo sem se sentir menosprezada pelo fato do parceiro necessitar deste descanso. Devido ao desgaste físico que o sexo proporciona, esse cansaço pode ser acentuado e mais longo após algumas relações.
A referida cochilada traz muitos benefícios para o casal, pois o organismo do homem se recupera da energia gasta durante o ato sexual tendo, assim, mais tempo de preparação para uma nova relação sexual com qualidade.
O tempo desse momento relaxante, também conhecido como "período refratário", varia de homem para homem, sendo de minutos até horas ou dias, dependendo de diversos fatores. Na mulher esta necessidade não existe, podendo, ela, estar preparada para uma nova relação sexual imediatamente após a anterior não sofrendo, assim, tanto essa influência do hormônio prolactina.
Tal situação pode trazer um conflito se não houver um diálogo entre o casal para entender o que está ocorrendo.
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