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  • Foto do escritorAlbangela Ceschin Machado

Novos tempos

É difícil entender que caminho se deve seguir ao longo da vida; as pessoas nascem dentro de uma sociedade com padrões fixos e determinados e, com o passar dos anos, são educados pelos seus responsáveis (pais, tutores ou instituições), por professores, religiosos, dentre outros, que, por sua vez, também absorveram valores e princípios à sua maneira. Pessoas de uma mesma família, por exemplo irmãos criados dentro de um mesmo contexto familiar, também se desenvolvem de maneiras diversas, pois existem as diferenças de personalidade de cada indivíduo: são os perfis relacionados a estrutura psíquica de cada um. Cada vez mais os modelos do passado não correspondem mais aos anseios atuais, causando insegurança e a necessidade de se identificar com novos modelos, o que, normalmente, traz, dificuldades as pessoas. Nesse mesmo contexto, podemos afirmar que dentro da diversidade destes tempos é possível perceber que um novo momento se aproxima, onde novas sensações e formas de viver surgem, levando os indivíduos a fazer novas experiências.

Obra de Salvador Dalí

O modelo de casamento que por muito tempo perdurou dá fortes sinais de mudanças, jovens casais tem contratos pautados em necessidades individuais, profissionais e sexuais numa escala de importância maior que a construção compartilhada, onde os planos familiares se sobrepõem aos demais interesses. A descoberta de uma sexualidade vivida com base no próprio prazer, valorizando a auto-estima e garantindo individualidade, contribui para uma confirmação dos novos arranjos. A procura por uma paternidade e maternidade mais tardia possibilita uma construção de família diferente das pré-existentes. A rede de amigos, segundo Helen Fisher, está, cada vez mais, incluindo a amizade como rede de parentesco, atribuindo a estes amigos as funções anteriormente delegadas para membros da família. Segundo o sociólogo inglês Anthony Giddens está ocorrendo a "transformação da intimidade", fenômeno sem precedentes de homens e mulheres que, estimulados pelos amplos movimentos sociais atuais, estão tentando, consciente e deliberadamente, desaprender e reaprender a amar. Segundo Regina Navarro Lins em seu livro "a cama na varanda" as relações amorosas no futuro tendem a ser mais livres, e por isso mesmo, mais satisfatórias. Não alimentando fantasias românticas de fusão com outra pessoa, cada um tem a oportunidade de pretender se sentir inteiro, sem necessitar de outro para completá-lo.


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