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  • Foto do escritorAlbangela Ceschin Machado

A terceira idade

A terceira idade, também conhecida como a "melhor idade", é, no entanto, um período caracterizado por intensas mudanças físicas, emocionais e sociais, as quais, normalmente, afetam os diferentes setores da vida, podendo levar a insatisfações diversas.

No que se refere à prática sexual, apesar das possíveis limitações físicas e/ou emocionais usuais neste momento da vida, o indivíduo possui condições de mantê-la de maneira satisfatória, exceto em casos de doenças crônicas que impeçam uma atividade física. É sabido que existe preconceito com relação ao idoso em especial quanto a idéia de que ele se transformou em um ser assexuado e de que sua vida sexual se resume às lembranças do passado e experiências vivenciadas em outras fases da vida. Essa idéia irreal é responsável por grande parte das dificuldades em procurar tratamento para dificuldades sexuais na terceira idade, o que pode gerar desvalorização do sexo em idade avançada, pela sociedade e, até mesmo, pelos especialistas. Dentre as dificuldades sexuais podemos citar a dificuldade de ereção nos homens e a falta de lubrificação nas mulheres. As necessidades vão se alterando com o passar dos anos, durante a vida adulta, o número de relações sexuais podem ser e geralmente é maior daquele dos idosos para que o indivíduo se satisfaça. Também podem ocorrem impedimentos físicos e emocionais, próprios de qualquer idade, para a liberação do desejo sexual, os quais merecem investigação e tratamento por um especialista. Mudanças em relação à ejaculação também podem ocorrer durante toda a vida. Pode ser que, muito provavelmente com avanço da idade haja diminuição na quantidade de esperma expelido durante a ejaculação e esse jato seja menos intenso do que foi em idades anteriores, não significando que haja diminuição no prazer. Muitas vezes são criados tabus e mitos que dificultam a procura a um especialista para eliminar estes questionamentos. No caso das mulheres, as alterações hormonais comuns ao climatério e à menopausa são significativas podendo, então, gerar dificuldades sexuais, havendo menor lubrificação vaginal, por exemplo, pode ocorrer dor e dificuldade na penetração e dificuldade de orgasmo. O acompanhamento ginecológico durante o climatério e a menopausa é de fundamental importância e ao mesmo tempo, deve-se dar uma maior atenção às preliminares e à qualidade das carícias: a idosa não deixa de ter interesse e prazer sexual, apenas deixa de ser fértil. Ocorrem, muitas vezes, impedimentos emocionais desencadeados por ocorrências externas comuns a esta faixa etária os quais podem contribuir para o declínio da vida sexual na terceira idade como, por exemplo: morte de um dos parceiros, aposentadoria, distanciamento dos filhos (síndrome do ninho vazio), limitações físicas e mentais, preocupações econômicas e depressão. Nessas situações a qualidade de vida sexual tende a decair, no entanto, na maioria das vezes, são situações que podem ser resolvidas com apoio médico e psicológico adequados. Daí a importância de semear a idéia, já difundida, porém pouco aplicada, de que é preciso saber cultivar o envelhecer, buscando a qualidade de vida e das relações que cercam os idosos permitindo que estes se percebam valorizados e respeitados enquanto seres humanos. Daí vão algumas dicas importantes: 1)Cuidar dos fatores prejudiciais à saúde geral, dando a devida importância aos cuidados com alimentação, exercícios físicos, controles periódicos pelo médico; 2)Entender que as mudanças do organismo e da mente são esperadas e são algo natural; 3)Procurar ajuda quando necessário da parceria e/ou de especialista, para o merecido exercício saudável da sexualidade na terceira idade, pois sabidamente a prática sexual é conhecida como uma fonte de saúde e também de qualidade de vida não deixando, assim, que muitos preconceitos e fantasmas atrapalhem esta fase tão importante do ciclo vital.


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